Mais de 200 palavras

Hoje é dia de falta total de idéias. Falta completa, absoluta, total, reinante, chata pra caramba. Mas vou escrevendo mesmo assim, até porque menos de cem palavras como exercício é desaforo.

Tenho pensado em cores; as minhas linhas de bordado que vieram da China povoam meus sonhos de vez em quando. Isso me faz um bem enorme, porque adoro todas as cores. Não há cores “feias”; há descombinâncias, há acordes dissonantes, especialmente em relação a roupas. Todas as cores são lindas porque sim, especialmente se me fazem sonhar com linhas multicores que arranjo durante o sono, se me fazem ter a sensação de sonhar colorido – e nem sei se isso existe mesmo ou se é apenas a impressão, como sentir um perfume no sonho.

Se existem fótons que podemos excitar durante estados letárgicos do corpo, por que não sentirmos seus efeitos? Mesmo que sejam fótons de sonhos, ondas sonoras, ondas-luzes, o refazimento da Física dentro de mais ou menos um quilo e meio de neurônios emaranhados. E assim voamos quando damos aquele pulinho de impulso, para depois admirar um jardim imenso cheio de todas as frutas do mundo, onde as árvores se curvam para presentear um bebê (isso eu sonhava muito quando estava grávida do Willem).

E assim passei das duzentas palavras, me livrando do desassossego de não conseguir escrever por hoje.

08/06/2015

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