O Djinn

A figura do djinn existe há vários séculos. Do árabe jin ( جني), o gênio é um membro dos jinni (ou djinni), uma raça de seres sobrenaturais. A etimologia da palavra remete ao termo Djanna (velar), que significa coisa oculta, dissimulada, invisível.


Notas segundo a tradição islâmica:

Ibn Taymiyyah

De acordo com estudiosos das mitologias árabes pré-islâmicas, o gênio é um ser mitológico inferior a um deus.

“De acordo com a mitologia, os jinni foram criados dois mil anos antes da feitura de Adão e eram possuidores de elevada posição no paraíso, grosso modo igual ao dos anjos, embora na hierarquia celeste fossem provavelmente considerados inferiores àqueles. Deles é dito serem feitos de ar e fogo. Depois que Deus fez Adão, todavia, sob a liderança do seu orgulhoso líder Iblis, os jinni se recusaram a curvar-se perante a nova criatura. Pela sua má conduta, os jinni foram expulsos do paraíso, tornando-se entes perversos e asquerosos. Iblis, que foi atirado com eles na Terra, tornou-se o equivalente do Satanás cristão.

Na Terra, os jinni teriam adotado as míticas Montanhas Káf (que supostamente circundam o mundo) como seu lar adotivo. Todavia, sendo compostos de fogo ou ar e tendo a capacidade de assumir qualquer forma humana ou animal, os jinni podem residir no ar, no fogo, sob a terra e em praticamente qualquer objecto inanimado concebível: pedras, lamparinas, garrafas vazias, árvores, ruínas etc. Na hierarquia sobrenatural, os jinni, embora inferiores aos demônios, são não obstante extremamente fortes e astuciosos. Eles possuem todas as necessidades físicas dos humanos, podendo até mesmo serem mortos, mas estão livres de quaiquer restrições físicas.

Nem todos os jinni são casos totalmente perdidos. De alguns diz-se que possuem uma disposição favorável em relação à humanidade, ajudando-a quando precisa de ajuda, ou mais provavelmente, quando isto é conveniente para os interesses do jinn. Na maioria dos casos citados na literatura e no folclore, contudo, eles se divertem em punir os seres humanos por quaisquer atos que considerem nocivos, e são assim responsabilizados por muitas moléstias e todos os tipos de acidentes. Todavia, quem conhecer os necessários procedimentos mágicos para lidar com os jinni, pode utilizá-los em proveito próprio.” (Wikipédia)

A menção a estes seres existe no Alcorão, suratas 27 (An Naml) e 72 (Al Jin).

27a. Surata – An Naml (As Formigas)
17. E foram consagrados ante Salomão, com os seus exércitos de gênios, de homens e de aves, em formação e hierarquia.

72a. Surata – Al Jin (Os Gênios)

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

1. Dize: Foi-me revelado que um grupo de gênios escutou (a recitação do Alcorão). Disseram: Em verdade, ouvimos um Alcorão admirável,
2. Que guia à verdade, pelo que nele cremos, e jamais atribuiremos parceiro alguém ao nosso Senhor;
3. Cremos em que – exaltada seja a Majestade do nosso Senhor – Ele jamais teve cônjuge ou prole,
4. E o insensato, entre nós, proferiu extravagâncias a respeito de Deus.
5. E jamais imaginamos que os humanos e ao gênios iriam urdir mentiras a respeito de Deus.
6. E, em verdade, algumas pessoas, dentre os humanos, invocaram a proteção de pessoas, dentre os gênios. Porém, estes só lhes aumentaram os desatinos.
7. E eles pensaram como pensastes: que Deus jamais ressuscitará alguém.
8. (Disseram os gênios): Quisemos inteirar-nos acerca do céu e o achamos pleno de severos guardiães e flamígeros meteoros.
9. E usávamos nos sentar lá, em locais (ocultos), para ouvir; e quem se dispusesse a ouvir agora, defrontar-se-ia com um flamígero meteoro, de guarda.
10. E nós não compreendemos se o mal era destinado àqueles que estão na terra ou se o Senhor tencionava encaminhá-los para a boa conduta.
11. E, entre nós (os gênios), há virtuosos e há também os que não o são, porque seguimos diferentes caminhos.
12. E achamos que jamais poderemos safar-nos de Deus na terra, nem tampouco iludi-Lo, fugindo (para outras paragens).
13. E quando escutamos a orientação, cremos nela; e quem quer que creia em seu Senhor, não há de temer fraude, nem desatino.
14. E, entre nós, há submissos, como os também há desencaminhados. Quanto àqueles que se submetem (à vontade de Deus), buscam a verdadeira conduta.
15. Quanto aos desencaminhados, esses serão combustíveis do inferno.
16. Mas, se tivessem sido firmes no (verdadeiro) caminho, tê-los-íamos agraciado com água abundante,
17. Para prová-los, com ela. Em verdade, a quem se afastar da Mensagem do seu Senhor, Ele lhe infligirá um severo castigo.
18. Sabei que as mesquitas são (casas) de Deus; não invoqueis, pois, ninguém, juntamente com Deus.
19. E quando o servo de Deus se levantou para invocá-Lo (em oração), aglomeraram-se em tomo dele.
20. Dize-lhes: Invoco tão somente o meu Senhor, a Quem não atribuo parceiro algum.
21. Dize-lhes (mais): Em verdade, não posso livrar-vos do mal, nem trazer-vos para a conduta verdadeira.
22. Dize-lhes (ainda): Em verdade, ninguém poderá livrar-me de Deus, nem tampouco acharei amparo algum fora d’Ele;
23. Somente proclamo o que de Deus recebi, bem como a Sua mensagem. E aqueles que desobedecem a Deus e ao Seu Mensageiro, certamente terão o fogo infernal, onde morarão eternamente.
24. (Eles duvidarão) até que, quando se depararem com o que lhes foi prometido, saberão quem tem menos socorredores e quem tem menor número (de aliados).
25. Dize-lhes: Ignoro se o que vos tem sido prometido é iminente, ou se o meu Senhor fixou-lhe um término remoto.
26. Ele é Conhecedor do incognoscível e não revela os Seus mistérios a quem quer que seja,
27. Salvo a um mensageiro que tenta escolhido, e faz um grupo de guardas marcharem, na frente e por trás dele,
28. Para certificar-se de que transmitiu as mensagens do seu Senhor, o Qual abrange tudo quanto os humanos possuem, e que toma conta de tudo.

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